Category Archives: Jornais

Demasiado Humano em Sorrento – 2

Demasiado Humano em Sorrento – 2

No artigo anterior destaquei que Nietzsche realizou no sul da Itália, o trabalho de luto decorrente da ruptura de amizade e ideais comum com Richard Wagner. Luto da almejada carreira universitária na Basiléia e da mudança no campo de sua investigação e interesse: da filologia para filosofia. Luto igualmente do elevado grau de idealização que o mantinha cativo na filosofia de Schopenhauer.

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Demasiado Humano em Sorrento – 1

Demasiado Humano em Sorrento – 1Deixamos o poeta Goethe na Sicília e incluiremos outro “grand seigneur” do espírito moderno: o filósofo Friedrich Nietzsche. A viagem que realizou ao sul da Itália, outono de 1876, representou também ao jovem professor de filologia clássica na Basiléia (Suíça) uma verdadeira odisseia existencial. O percurso de trem de Genebra até Sorrento, província de Nápoles, foi transformador: morte e ressureição.

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A travessia de Goethe na Sicília

scicilia

Ao pôr-do-sol o poeta alemão partiu de Nápoles numa corveta em direção ao porto de Palermo, extremo sul da Itália. A travessia marítima era o coroamento, o ápice do percurso e, ao mesmo tempo, a primeira experiência de viagem pelo mar. Ao desembarcar, escreveu: “se existe algo decisivo para mim nesta longa vigem pelo território italiano foi ter chegado até a Sicília, a rainha das ilhas. Quem nunca se viu rodeado pelo mar não tem ideia do que seja o mundo e sua relação com ele”.

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As alegrias de Goethe em Nápoles – 2

Após o inicial passeio pelas ruas da capital do sul da Itália, Goethe escreveu à sua amada: “Perdoei a todos que perdem a cabeça em Nápoles, e lembrei-me comovido de meu velho pai, que preservou uma impressão indelével das coisas que viu por aqui e que hoje pude ver pela primeira vez. Muitas vezes o ouvi dizer que nunca mais seria de todo infeliz porque se lembraria sempre de Nápoles”.

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As alegrias de Goethe em Nápoles – 1

O primeiro fruto da viagem de Goethe à Itália é a peça trágica Ifigênia em Tauris. Ao concluí-la, decidiu partir de Roma em direção ao sul: Nápoles e a exuberante ilha Sicília. A expectativa com a viagem ao sul seria o coroamento do seu desejo de viver uma temporada no território italiano e se encontrar com as grandiosas obras de arte da Renascença e, por extensão, com a gênese da cultura ocidental.

alegrias

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