Category Archives: Jornais

Freud & Ferenczi na Sicília – 3

Após o primeiro encontro em janeiro/1908, a inclusão de Sándor Ferenczi no círculo familiar de Sigmund Freud foi imediata. Juntos passaram as férias de verão na região de montanhas, celebraram o natal na casa de Freud em Viena e atravessaram o Atlântico com destino à América no outono/1909. No ano seguinte, embarcaram rumo ao sul da Itália, onde viveram a experiência decisiva da longa e assimétrica amizade.

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Freud & Ferenczi na Sicília – 2

freud sicilia 2As montanhas bávaras de Berchtesgaden serviram de cenário para a primeira viagem de Sigmund Freud com seu admirador Sándor Ferenczi. O médico vienense, criador da psicanálise, apreciava caminhar em região de montanha com a família e seus filhos praticavam alpinismo.

Em poucos meses de contato, o médico húngaro foi convidado a passar as férias de verão/1908 com a família Freud. De pronto, revelou-se exímio alpinista e conquistou a simpatia dos filhos e, por extensão, veio a ser um dos amigos eleitos e um dos maiores discípulos da causa/coisa freudiana e membro fundador da Associação Psicanalítica Internacional em 1910.

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Freud & Ferenczi na Sicília – 1

firezeDeixamos o poeta Goethe na Sicília, o filósofo Nietzsche em Sorrento e seguiremos nesta viagem ao sul da Itália na companhia do médico vienense Sigmund Freud e seu jovem amigo húngaro, Sándor Ferenczi. Em setembro de 1910 desembarcaram no porto de Gênova e de lá seguiram em outra embarcação até Palermo, a capital da ilha siciliana.

Freud tinha predileção em viajar. Nos tempos de juventude viajou para adquirir experiências e conhecimentos nas ciências e nas artes de vários países da Europa. Quando adulto, a viagem era a atividade de cultivo do ócio: tempo precioso na gestação e criação dos conceitos fundamentais de sua experiência clínica com pacientes psiconeuróticos. No período crepuscular de sua existência viajou para construir laços de trabalho, expandindo as fronteiras da psicanálise, sua obra monumental.

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Demasiado Humano em Sorrento – 4

Pouco antes de partir de Genebra ao Golfo de Nápoles, Nietzsche escreveu três cartas aos íntimos narrando sua condição existencial no momento da decisão de viajar ao sul da Itália, aceitando assim, o convite da condessa Malwida, amiga sexagenária. O contexto é importante cenário para adentrar no conteúdo do livro Humano, Demasiado Humano, ditado a Peter Gast, músico escriturário dos pensamentos do filósofo alemão, durante a estadia em Sorrento.

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Demasiado Humano em Sorrento – 3

Um livro dedicado aos espíritos livres, Humano Demasiado Humano, exige leitores que “não estejam atormentados por obrigação boçal, ele pede sentimentos delicados e tem necessidade do supérfluo, da superfluidade de tempo, de clareza no céu e no coração”.  Escrito na viagem ao golfo de Nápoles, abriu a série dos textos filosóficos de Nietzsche, inaugurando seu genial estilo aforismático, com sentenças e máximas.

Demasiado Humano em Sorrento – 3

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