SEMINÁRIO 5 – AS FORMAÇÕES DO INCONSCIENTE

GRUPO DE ESTUDOS EM LACAN

Cronograma: 27/fevereiro; 13 e 27/março; 10 e 24/abril; 15 e 29/maio; 12 e 26/junho – Quartas das 19h30 as 21h – 15 vagas

Pagamento: R$ 350,00 total de 9 encontros

Local: Rua Prudente de Moraes, 1413 – Bairro Alto – Piracicaba -SP

Inscrição: m.mariguela@gmail.com – 15 vagas

 

Enunciado:

Desde algum tempo, percorremos num trabalho de leitura dos Seminários de Jacques Lacan. Iniciamos com o Seminário 11 – Os quatro Conceitos fundamentais da psicanálise por ser o marco fundador da Escola inventada pelo psicanalista francês. Dentro os conceitos [inconsciente, repetição, transferência e pulsão] fomos escolhidos pela transferência e seguimos com o Seminário 8 do início da década de 1960. O Seminário 7 se impôs de imediato, pois a noção de transferência ensinada por Lacan requer uma determinada concepção de ética para o tratamento clínico do sofrimento psíquico. Refazendo o laço, neste ano iniciaremos a leitura do Seminário 5 para retornar ao outro conceito fundamental: o inconsciente.

Neste tempo, o trabalho desenvolvido no Grupo de Estudos em Freud, preparou o terreno propício para o encontro com o Seminário 5. Reinscrevo o enunciado do semestre passado, pois nele se encontra a proposta norteadora deste novo trabalho de leitura de Lacan.

Por ocasião do centenário de nascimento de Freud, Jacques Lacan proferiu a conferência “Freud no Século” aos estagiários em psiquiatria no Hospital Salpêtrière em 1956. Nela, destacou os livros “A Interpretação dos Sonhos”, “A psicopatologia da vida cotidiana” e “O chiste e suas relações com o inconsciente”, como os fundamentos do campo da psicanálise e, ao mesmo tempo, o leme do movimento de retorno a Freud instaurado por Lacan na década de 1950.

Os livros eleitos contem o tema central do Seminário 5 “As formações do inconsciente”. Sonhos, sintomas, atos falhos, lapsos e os chistes são elementos de um conjunto e como tal possuem as mesmas características: são formações do inconsciente. Lacan escolheu o livro dos chistes resgatando a literalidade da palavra alemã Witz e propôs traduzirpor dito espirituoso, tirada espirituosa, que tem o único proposito de produzir o riso. A fluidez semântica é deslocada para o que tem espirituosidade. O chiste produz o riso por uma certa torção no campo da significação, instaurando o nonsense. Nessa estratégia, encontramos uma nova e inusitada forma de abordar o inconsciente com graça, leveza e espirituosidade. Contrário a pratica clínica que cada vez mai perde a graça, Lacan conduziu seus ouvintes e a nós, seus leitores, a retornar ao texto e a clínica freudiana com a espirituosidade que a ética da psicanálise requer daqueles que pretendem uma formação ancorada nas formações do inconsciente.