Diálogo Cinemático: A Companhia dos Lobos

O projeto Psicanálise em Extensão, convida para 8ª sessão do Diálogo Cinemático:

Filme: A Companhia dos Lobos (The Company of  Wolves – 1984 – diretor: Neil Jordan)

Data: 26/fev/2011 às 15h00

Local: Clínica de Psicanálise – Rua Prudente de Moraes, 1314 – Bairro Alto – Piracicaba – SP

Vagas limitadas: 30 – entrada franca – inscrição: mmariguela@gmail.com

Mediador: Rodrigo Augusto Suárez Abreu (psicólogo graduado pela Puc-Campinas/ psicanalista praticante da Associação Campinense de Psicanálise)

“Quem quer que tenha falhado em explicar a emergência das imagens oníricas dificilmente poderá esperar compreender as fobias, obsessões ou delírios, ou fazer com que uma ação terapêutica se faça sentir sobre o sofrimento psíquico” (Sigmund Freud – “Prefácio à 1ª Edição (1900)” in: A Interpretação dos Sonhos)

“Freud é um exegeta e não um semiólogo; é um interprete e não um gramático. Seu problema não é um problema de linguística, é sim, um problema de deciframento” (Michel Foucault, “Filosofia e Psicologia” in: Ditos & Escritos I)

Sinopse: Utilizando-se da metáfora do chapeuzinho vermelho, Neil Jordan (célebre pelos temas impactantes de que trata em seus filmes) nos convida a entrar num mundo de ficção para tratar de um tema bem real que se desenrola por meio da protagonista Rosaleen: uma garota que passa pelo período da descoberta da sexualidade e ingresso na feminilidade. O filme se desenrola entre os sonhos  de Rosaleen e  os discursos que a marcam, principalmente a fala de sua avó.  A presença de riquíssimo conteúdo imagético onírico convida o telespectador à participar das articulações de sua vivência nessa passagem simbólica e real para o mundo adulto marcada pela conquista de seu corpo de mulher.

Enunciado do Mediador: Pretendo partilhar com vocês uma tentativa de reflexão dos elementos do filme (temática; personagens; imagens oníricas; falas; contexto) tendo como perspectiva a interpretação dos sonhos de Freud como invenção da psicanálise. Admitindo que o sonho é uma  formação do inconsciente, e o inconsciente como um saber a ser decifrado, que trabalho poderemos produzir diante de tamanha expressão onírica cinematográfica? E de que modo poderemos realizá-la sem nos deixar cair em interpretoses como insígnias de verdade absoluta sobre a obra?  Afinal, me parece mais interessante podermos exercitar, juntos, de que modo cada um de nós por ela foi afetado. Tendo como pano de fundo, as marcas da vivência da entrada na puberdade da personagem Rosaleen e dos efeitos sobre ela, parece-me que, de alguma forma, o filme toca no que se refere à parte obscura de nós mesmos.

Assista o trailer oficial:

http://www.youtube.com/watch?v=ZDqNOkd8vIY&NR=1

Assista outra edição de imagens do filme:

http://www.youtube.com/watch?v=m6DUt74IrdE