Cronograma: 15 e 29 agosto; 12 e 26 setembro; 10 e 24 outubro; 14 e 28 novembro
R$ 30,00 por encontro = R$ 240,00
Seguindo com o trabalho de leitura do Seminário sobre a ética da psicanálise, vamos nos deter na interpretação que Lacan fez da clássica tragédia “Antígona” de Sófocles para demarcar o prototipo do que exigido do psicanalista na condução de um tratamento: na dimensão trágica da experiência psicanalítica: “Antígona é uma tragédia, e a tragédia esta presente no primeiro plano de nossa experiencia, a dos analistas, como é manifesto nas referencias a Freud – impelido pela necessidade dos bens oferecidos por seu conteúdo mítico – encontrou em Édipo, mas também em outras tragédias. E se ele não destacou mais expressamente a de Antígona, não quer dizer que ela não possa ser evidenciada aqui, nesta encruzilhada para onde eu trouxe voces”. Qual a encruzilhada? A função do bem e a função do belo no paradoxo do gozo. O problema da sublimação foi ressignificado por Lacan ao analisar a demanda de felicidade e a promessa analítica: “permitir ao sujeito situar-se numa posição tal que as coisas, misteriosa e quase miraculosamente, aconteçam para ele de uma boa maneira, que ele as aborde pelo lado certo (…) Ousando formular uma satisfação que não é paga com um recalque, o tema colocado no centro, promovido em sua primazia é – o que é o desejo? A propósito disso posso apenas lembrar-lhes o que nessa época articulei – realizar seu desejo coloca-se sempre numa perspectiva de condição absoluta”. É essa condição absoluta que Lacan leu em Antígona.