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Grupo de Estudos em Freud

O chiste e suas relações com o inconsciente (1905)

Cronograma: 08 e 22 agosto; 05 e 19 setembro; 03, 17 e 31 outubro, 07 e 21 novembro

Por ocasião do centenário de nascimento de Freud, Jacques Lacan proferiu a conferência “Freud no Século” aos estagiarios em psiquiatria no Hospital Salpêtrière, local onde Freud fez sua propria residencia médica junto ao Dr. Charchot. Destacou os livros “A Interpretação dos Sonhos”, “A psicopatologia da vida cotidiana” e “O chiste e suas relações com o inconsciente”, como os fundamentos do campo da psicanálise e aos mesmo tempo o leme do movimento de retorno a Freud instaurado pelo psicanalista françes desde a década de 1950. Elas contem o tema central do Seminário 5 “As formações do inconsciente”. Sonhos, sintomas, atos falhos, lapsos e os chistes são elementos de um conjunto e como tal possuem as mesmas características: são formações do inconsciente.

Inscrição: mmariguela@gmail.com

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3 Curso de Extensão em Psicanálise: Freud, leitor de Nietzsche III

Ministrado por: Marcio Mariguela, psicanalista e professor de filosofia na UNIMEP

A numeração designa série. Houve dois tempos em que demonstrei a leitura realizada por Freud da obra nietzchiana. No primeiro, centrei o conceito “super-homem” numa irônica citação de Freud à Nietzsche no capítulo X “A massa e a horda primeva” do livro Psicologia das Massas e Analise do Eu de 1921: “No princípio da história humana ele (o pai da horda) era o super-homem, que Nietzsche aguardava apenas no futuro”. Demonstrei que a referência aqui é o livro Assim Falou Zaratustra. No segundo tempo, investigamos a nota de rodapé no livro O Eu e o Isso de 1923, onde Freud alinhou o conceito “inconsciente” na 2ª tópica do aparelho psíquico, ao sentido que o mesmo conceito possui na obra de Nietzsche. Neste caso, definimos alguns aforismos de A Gaia Ciência para levantar hipóteses interpretativas da conjunção de sentido entre ambos.

Mais informações:

http://www.marciomariguela.com.br/grupos-de-estudos/176-curso-de-extensao-em-psicanalise-freud-leitor-de-nietzsche-iii

Contato: mmariguela@gmail.com

Grupo de Leitura de Freud – 1o. semestre 2012

Tema: Capitulo VII – A psicologia dos processos oniricos

in: A Interpretação dos Sonhos (1900)

Encontros: 08 e 29/02; 07 e 21/03; 18/04; 02, 16 e 30/05; 20/06

Horário: 19h30 as 21h30

Valor: R$ 30,00 por encontro

Inscrição: agendar entrevista atraves de: mmariguela@gmail.com

Justificativa: Levando adiante a proposta de retorno a Freud pelas obras fundadoras do campo da psicanalise, prosseguimos com a leitura do capitulo VII por considerarmos que uma séria formação psicanalítica não pode prescindir de leitura vigorosa do célebre capítulo onde Freud apresentou a 1ª tópica de funcionamento do aparelho psíquico. Enquanto a nova tradução (prometida pela Cia das Letras para o início deste semestre não chega), vamos aprofundar os temas principais que legitimam o modelo de aparelho psíquico como um aparelho de linguagem. Desse modo, teremos condições de confrontar o pressuposto teórico da clínica psicanalítica antes do advento do Mais Além do Princípio do Prazer de 1920, quando Freud introduziu os conceitoss de pulsão de morte e compulsão à repetição.

objetivo: realizar o retorno a Freud instaurado por Jacques Lacan através de leitura dos livros de Freud que o psicanalista frances escolheu: A Interpretação dos Sonhos (1900); Sobre a Psicopatologia da vida Cotidiana (1901); Os Chistes e seus  relações com o inconsciente (1905). No ano passado, começamos pela Psicopatologia do Cotidiano e, prosseguimos em 2011, com os outros dois.

Encontros são quinzenais e há vagas disponíveis.

 

Recursos:

– Cartas de Freud à Fliess: 22/07/1898, 17/07/1899 e 20/08/1899 – para avaliar as posições de Freud na ato de escrita do capítulo VII. In: Correspondênciaa Completa, Editada por Jeffey Moussaieff Masson. Rio de Janeiro: Imago, 1986.

– FREUD, Sigmund A Interpretação dos Sonhos. Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas. Volume V. Rio de Janeiro: Imago, 1987.

– GARCIA-ROSA, Luiz Alfredo Introdução à Metapsicologia Freudiana 2 – A Interpretação dos Sonhos. Jorge Zahar Editor, 1991

– POMMIER, Gérard  Como las neurociencias demuestran el psicanálises. 3ª Parte: “Si existe un inconsciente, como definir la consciencia”. Buenos Aires: Letra Viva, 2010.

Curso de Extensão em Psicanálise – Freud, leitor de Nietzsche III

Ministrado por: Marcio Mariguela, psicanalista e professor de filosofia na UNIMEP

Cronograma: 25/02; 24/03; 14/04; 26/05; 23/06

Horario: 9 as 12h – Vagas Limitadas: 20 – inscrições: mmariguela@gmail.com

Valor: R$ 200,00 – Certificado de Participação

Local: Clinica de Psicanálise de Piracicaba- -Rua Prudente de Moraes, 1314 – Bairro Alto

Justificativa: A numeração designa série. Houve dois tempos em que demonstrei a leitura realizada por Freud da obra nietzchiana. No primeiro, centrei o conceito “super-homem” numa irônica citação de Freud à Nietzsche no capítulo X “A massa e a horda primeva” do livro Psicologia das Massas e Analise do Eu de 1921: “No princípio da história humana ele (o pai da horda) era o super-homem, que Nietzsche aguardava apenas no futuro”. Demonstrei que a referência aqui é o livro Assim Falou Zaratustra. No segundo tempo, investigamos a nota de rodapé no livro O Eu e o Isso de 1923, onde Freud alinhou o conceito “inconsciente” na 2ª tópica do aparelho psíquico, ao sentido que o mesmo conceito possui na obra de Nietzsche. Neste caso, definimos alguns aforismos de A Gaia Ciênciapara levantar hipóteses interpretativas da conjunção de sentido entre ambos.

Neste terceiro tempo, vamos investigar a inclusão de dois parágrafos na edição de 1919 daInterpretação dos Sonhos. Freud reeditou várias vezes sua obra fundadora da psicanálise e, em cada uma delas, acrescentou notas e parágrafos que permitem acompanhar a demarche de sua prática clínica e elaborações teóricas. Freud constatou que a terapia psicanalítica revelou “pela primeira vez que por trás dos sonhos se ocultavam um sentido e um valor psíquico”. Naquele tempo (1900) Freud disse que estava “inteiramente desprepado para descobrir que esse sentido era de caráter tão uniforme”. No item B “Regressão” do célebre capítulo VII “Psicologia dos processos oníricos”, encontra-se os elementos fundamentais para avaliar o “carater uniforme” do sentido do sonho. Se o aparelho psíquico funciona em três registros distintos (Isso, Eu e Supereu), toda percepção consciente esta determinada por traços minêmicos constituitivos na história do bicho falante em sua condição ontogenética e filogenética.

No final do item B (parágrafos de 1919), Freud afirmou que “o sonhar é, em seu conjunto, um exemplo de regressão à condição mais primitiva do sonhador, uma revivescência de sua infância, moções pulsionais que a dominaram e dos modos de expressão de que ele dispunha nessa época. Por trás dessa infância do indivíduo (ontogênese) é-nos prometida uma imagem da infância filogenética”. Neste ponto, o nome de Nietzsche é invocado: “Podemos calcular quão apropriada é a asserção de Nietzsche de que, nos sonhos,´acha-se em ação alguma primitiva relíquia da humanidade que agora já mal podemos alcançar por via direta´; e podemos esperar que a análise dos sonhos nos conduza a um conhecimento da herança arcaíca do homem, daquilo que lhe é psiquicamente inato”. O aforismo 12 “Sonho e Cultura” doHumano, Demasiado Humano – citado entre aspas -demonstra que Freud leu esse livro de Nietzsche, publicado em 1878. Vamos reconstruir os argumentos de ítem B do capítulo VII tramando com os aforismos do  capítulo 1  “Das coisas primeiras e últimas” do livro de Nietzsche.

Bibliografia:

FREUD, Sigmund A Interpretação dos Sonhos. Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas. Volume V. Rio de Janeiro: Imago, 1987.

NIETZSCHE, Friedrich Humano, Demasiado Humano. Tradução: Paulo César Souza. São Paulo: Cia das Letras, 2000.

ASSOUN, Paul-Laurent Freud & Nietzsche: semelhanças e dessemelhanças. São Paulo: Brasiliense, 1989.

MONZANI, Luiz Roberto Freud, o movimento de um pensamento. Capítulo 2 “A Máquina de Sonhar”. Campinas: Unicamp, 2ª edição, 1989